quinta-feira, 5 de maio de 2011

05 - Dia Nacional do Expedicionário

5 de Maio-Dia Nacional do Expedicionário

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Em 1939, com o início da 2ª Guerra Mundial, o Brasil manteve-se neutro, numa continuação da política do Presidente Getúlio Vargas de não se definir por nenhuma das grandes potências, somente se aproveitando das vantagens oferecidas por elas.
Em vista da série de torpedeamentos de navios mercantes brasileiros, em nossa costa litorânea, o Brasil reconheceu o estado de beligerância com os países do eixo. Pensou-se então no envio à Europa de uma Força Expedicionária, como contribuição à causa dos aliados.
O primeiro semestre de 1944 foi de intensos preparativos e, a 2 de julho de 1944, teve início o transporte do 1º escalão da Força Expedicionária Brasileira – FEB com destino à Nápoles. Dois meses depois seguiu o 2º escalão, completando a força constituinte de 25.334 homens, sob o comando do Gen. João Batista Mascarenhas de Morais.
Incorporada ao V Exército aliado, a FEB entrou em combate em 15 de setembro de 1944, participando de várias batalhas no Vale do Rio do Pó, na Itália. Destacaram-se: a Tomada de Monte Castelo, a conquista de Montese e a Batalha de Collecchio. Os brasileiros perderam durante a campanha, 430 praças e 13 oficiais, além de 8 oficiais da Força Aérea Brasileira.
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Em 6 de Junho de 1945, devido à vitória final na Europa com a capitulação total das tropas nazistas, o Ministério da Guerra do Brasil ordenou que as unidades da FEB se subordinassem ao comandante da Primeira Região Militar (1ª RM) sediada na cidade do Rio de Janeiro, o que, em último análise, significava a dissolução do contigente.
As cinzas dos corpos de nossos heróis mortos no conflito foram transladadas de Pistóia para o Brasil e, hoje, repousam no Monumento aos Mortos que foi erguido no Aterro do Flamengo, zona sul da cidade do Rio de Janeiro para materializar o heroísmo, a coragem e a bravura de nossos homens.
Xique-Xique, também, teve o seu “pracinha”, representado pelo herói Pompeu Ribeiro dos Santos que embarcou com destino à Europa, tendo servido junto as tropas Aliadas, concentrando-se no território italiano e contribuindo grandemente para derrotar o nazismo-fascismo e ajudar o mundo a respirar liberdade e democracia.
Nascido no dia 14 de dezembro de 1922, filho do Sr. José Ribeiro dos Santos e de D. Maria Ribeiro, permaneceu no Itália até meados de 1945, tendo retornado a Xique-Xique, no final da guerra, no quarto trimestre desse ano.
O soldado Xiquexiquense sentiu o impacto dos bombardeios que arrasavam a periferia e as proximidades das instalações brasileiras. As terríveis experiências vividas na Itália pelo “pracinha” Pompeu Ribeiro dos Santos acabaram lhe custando, na continuação de sua vida, após o retorno, um preço muito alto. Durante o transcorrer de sua existência o expedicionário Pompeu Ribeiro dos Santos passou por intensos surtos de pavor e de medo das lembranças que marcaram sua vida. Principalmente depois dos quarenta e cinco anos de idade.
Ao retornar a Xique-Xique, o expedicionário foi alvo de grandes homenagens pelos conterrâneos, que o receberam em carro aberto, desfilando pela Av. Dr. J. Seabra, Praça Dom Máximo, Rua Mal. Deodoro da Fonseca encerrando o desfile com muitos discursos em palanque oficial colocado defronte à Prefeitura.
Pompeu casou-se em Xique-Xique com a Sra. Maria Madalena Chaves dos Santos e tiveram 14 filhos. Faleceu no dia 27 de maio de 1989, aos 67 anos de idade.
Foi homenageado pela Câmara Municipal da cidade que colocou seu nome numa das principais ruas centrais de Xique-Xique.

Canção do Expedicionário

Letra: Guilherme de Almeida
Música: Spartaco Rossi
Você sabe de onde eu venho ?
Venho do morro, do Engenho,
Das selvas, dos cafezais,
Da boa terra do coco,
Da choupana onde um é pouco,
Dois é bom, três é demais,
Venho das praias sedosas,
Das montanhas alterosas,
Dos pampas, do seringal,
Das margens crespas dos rios,
Dos verdes mares bravios
Da minha terra natal.
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse "V" que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Eu venho da minha terra,
Da casa branca da serra
E do luar do meu sertão;
Venho da minha Maria
Cujo nome principia
Na palma da minha mão,
Braços mornos de Moema,
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mim.
Ó minha terra querida
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim!
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse "V" que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.

EU ACHO MUITO INTERRESANTE O DIA NACIONAL DO EXPEDICIONÁRIO QUEM FIZERAM ATE CANÇÃO QUE LEGAL NÃO É? 

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